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10 lições que eu aprendi (na dor) durante a minha jornada como empreendedor

  • Foto do escritor: Jean Modelski
    Jean Modelski
  • 29 de mai.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de ago.


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Empreender é muito mais do que abrir um CNPJ. É um ato de coragem diária, que exige estômago firme, clareza nas decisões e resiliência para seguir mesmo diante da incerteza. Quem empreende sabe: os maiores aprendizados não estão nos livros ou nas palestras — eles vêm da prática, da dor, dos erros que custam caro e das escolhas que moldam o negócio (e o empreendedor) com o tempo. 


Ao longo da minha jornada, acumulei lições que não foram nada fáceis. Foram difíceis, desconfortáveis e, muitas vezes, solitárias. Mas foi justamente nesses momentos que aprendi o que realmente sustenta um negócio no longo prazo. Abaixo, compartilho 10 aprendizados que carrego até hoje — não como conselhos genéricos, mas como verdades lapidadas pela experiência. 


1. Não adianta baixar preço. Uma hora a conta chega.

Não é só uma questão de imagem — preço errado compromete o caixa.  Quando você define seu preço apenas para "fechar negócio", sem considerar margens e posicionamento, o prejuízo vem em dobro: o cliente passa a te desvalorizar e a empresa deixa de lucrar. Desconto constante pode até gerar receita imediata, mas corrói sua margem e enfraquece sua marca. Preço certo é aquele que sustenta a operação, reforça o posicionamento e constrói percepção de valor. É isso que mantém o negócio saudável e desejado no longo prazo. 


2. Você deve dar um jeito de matar o seu ego.

O ego já me colocou em furadas que poderiam ter sido evitadas. Decidir de mãos dadas com o orgulho quase sempre leva ao erro. O ego confunde teimosia com firmeza, bloqueia feedbacks e atrapalha negociações. Quando você aprende a silenciar o ego, você abre espaço para escutar, aprender, ajustar e evoluir. 


3. Comece pequeno — mas com mentalidade de crescimento.


Muitos empreendedores gastam energia tentando parecer grandes logo no início. Eu já estive lá. O que aprendi é que começar pequeno, com foco, controle e validação, é o caminho mais inteligente. Crescimento sólido se constrói com base, e não com aparência. 


4. Negociar não é baixar preço — é trocar concessões.

Se o cliente pede um desconto, ofereça algo diferente: tire um item do pacote, altere o prazo ou mude a forma de entrega. A negociação saudável preserva sua margem e fortalece a relação. Quando você cede sem estratégia, treina o cliente a desvalorizar o que você entrega. 


5. O modelo de negócio precisa ser viável financeiramente. 

Nem todo bom produto sobrevive em modelos ruins. Já vi (e vivi) negócios incríveis com margens apertadas que não se sustentavam. O modelo de negócio que você escolhe — incluindo precificação, canais de venda e estrutura operacional — define sua margem e seu potencial de escala. Pensar nisso desde o início evita correr atrás do prejuízo depois. 


6. Cultura se constrói desde o primeiro colaborador.

Esperar para escrever o manual de cultura é um erro. A cultura nasce nas conversas, nas decisões e no exemplo. Formalizá-la cedo ajuda a contratar pessoas alinhadas, corrigir rotas mais rápido e construir um time que sustente o crescimento sem perder identidade. 


7. Conversas difíceis evitadas viram crises anunciadas.

Assuntos desconfortáveis não somem — eles crescem. Evitar um feedback, adiar uma decisão, ignorar um conflito… tudo isso vira bola de neve. Aprendi que confronto é cuidado. E que maturidade se mede pela capacidade de conversar sobre o que incomoda. 


8. Se você não dominar vendas, vai ter problemas.

Independente do quão bom é seu produto ou serviço, sem vendas não existe negócio. Aprender a vender é fundamental. Não precisa ser um expert em persuasão, mas precisa entender como conduzir uma conversa, apresentar sua proposta de valor e fechar com confiança. Vendas não é talento, é método. 


9. A pressão vai vir — esteja preparado emocionalmente.

A cobrança é diária, o risco é constante e as decisões são solitárias. A saúde emocional do empreendedor é um dos ativos mais importantes do negócio. Já precisei de terapia, mentoria e pausas para entender isso. Você não precisa ser invencível. Precisa estar inteiro. 


10. Você não vai agradar todo mundo.

No início, tentei agradar todos os clientes, parceiros e até concorrentes. Resultado? Perdi energia tentando me encaixar onde eu não deveria estar. Aprendi que posicionamento claro atrai os certos e afasta os errados. Não tenha medo de desagradar. Tenha medo de ser genérico. 


Essas lições não vieram do glamour. Vieram do campo. Da rotina que não aparece no Instagram. Mas foram elas que me deram clareza, direção e estrutura. Se você está passando por alguma dessas fases, saiba: cada desconforto pode ser um convite para evoluir. Escute a dor, transforme ela em base, e construa um negócio que não apenas cresça — mas que se sustente. 


Se esse artigo te fez pensar, compartilha com alguém que também está nessa jornada. E me conta: qual dessas verdades você já viveu na pele? 

 

 
 
 

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©2023. Jean Modelski.

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